SILICOSE
A sílica representada pelo símbolo SiO2 é um mineral duro
e constitui 60% em peso da composição da
crosta terrestre, sozinha ou combinada com outros elementos. Ela se apresenta
através das matérias primas: areia, quartzo, quartzito, feldspato, granito, argila
e caulim. O quartzo é a forma mais conhecida da sílica livre cristalizada,
sendo a principal causadora da doença denominada SILICOSE.
A silicose é uma doença causada pela inalação de poeiras
minerais que contém quantidade variável de sílica. O pulmão reage a essa
deposição de poeira de sílica, causando o acumulo de tecido fibrótico. Por ser
uma doença eminentemente de cunho ocupacional, o trabalhador está exposto
principalmente nas seguintes atividades:
1. Mineração e Garimpo: É a mais potencialmente perigosa.
Em quase todas as etapas da mineração o trabalhador está exposto a poeira
contendo sílica, principalmente na extração subterrânea de ouro.
2. Construção Civil: Principalmente na escavação de
túneis, poços e polimentos de fachadas.
3. Indústria de Cerâmica: No manuseio da matéria prima,
preparação de massa, rebarbação, furação, torneamento, esmerilhamento e
lixamento, são importantes fontes de poeira proveniente de sílica.
4. Metalurgia, Fundição e Siderurgia: Nas etapas de:
corte Montagem e desmontagem de tijolos cerâmicos em fornos; moldagem e
desmoldagem em areia; esmerilhamento, lixamento, polimento e jateamento
abrasivo com areia.
O jato de areia é a principal atividade, pois libera
grande quantidade de poeira finíssima, contendo cristais de sílica. Sua
utilização no Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina está praticamente
proibida, existindo ainda trabalhadores executando essas atividades sem a
utilização eficiente dos equipamentos de proteção.
A silicose pode se apresentar de 3 (três) formas:
silicose crônica, subaguda e aguda.
Silicose Crônica – è a mais comum, normalmente aparece
após 20 anos do início da exposição. Existem ainda formas crônicas que se
apresentam mais rápidas entre 5 e 10 anos, após o início da exposição do início
da exposição.
Silicose subaguda – Nessa forma os números de
complicações do paciente aumentam e o seu risco é bem maior.
Silicose Aguda – É uma forma mais diferente de silicose,
porém é a sua forma mais grave, aparecendo principalmente em jovens devido a
sua exposição em jateamento de areia.
O Diagnóstico da silicose pode ser feito através de dois
pontos fundamentais: histórico ocupacional e uma radiografia do tórax. No caso
da existência da silicose, haverá na radiografia a presença de pequenos nódulos
no tecido pulmonar com aspecto salpicado.
A silicose é uma doença sem cura, necessitando portanto,
de rígidas medidas preventivas principalmente nos locais de trabalho, para se
evitar o seu aparecimento.
As medidas preventivas devem ser feita através:
• Conscientização do empresário/empreendedor.
• Conscientização profunda do trabalhador.
• Mudança da matéria prima, através da eliminação da
sílica cristalizada nos processos abrasivos, como exemplo a granalha de aço;
• Mudança de processo, operação e equipamento;
• Colocação de um Sistema de ventilação local exaustora;
• Máquinas trabalhando a úmido;
• Enclausuramento mecânico de equipamentos;
• Sinalização dos ambientes de trabalhos através de
cartazes onde existirem exposição a sílica;
• Limpeza do ambiente;
• Higiene dos funcionários;
• Ajuste do layout dos maquinários;
• O trabalhador não se alimentar, não descansar e não
permanecer além do necessário no local de trabalho;
• Medição do grau de contaminação do ambiente de
trabalho.
A proteção respiratória somente deverá ser utilizada como
ultima forma de proteção, enquanto as medidas coletivas estiverem sendo
implantadas, em certas operações de manutenção e limpeza. Em operações onde o
controle é duvidoso ou ineficiente também por medida de segurança deve ser
utilizado o protetor, até se melhora o controle ambiental coletivo.